sábado, dezembro 08, 2007
Bauhaus está pronto
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Listas de Revistas - Acreditar ou não?

Outro erro bastante comum é entregar nas mãos de apenas um crítico a missão de compilar uma lista. Lembro que em 2004, eu havia comprado a Playboy da Juliana Paes e eu não sabia se olhava pra bunda dela ou pra lista dos cem melhores discos do rock pela história. Enquanto me deliciava com as curvas da Juliana, me horrorizava com a parcialidade do Thales Menezes. Fã do Clash, ele colocou todos os discos da banda na lista, não relacionou por exemplo Rush (reclamação dos leitores) ou Radiohead (minha reclamação). Colocou o Sgt. Peppers em terceiro, em segundo lugar, pamem, Beggar's Banquet dos Rolling Stones (eles têm discos melhores) em segundo e em primeiro, obviamente colocou London Calling do Clash. Santo deus, o Clash é foda, o London Calling é um dos discos da minha vida, mas ficou ridículo como ele puxou o saco, como nem se esforçou para camuflar a tietagem descontrolada dele (semelhante ao amador do Lúcio Ribeiro que ao escrever sobre música, parece uma fã dos Beatles, lunática, estérica). Não houve nenhuma satisfação sobre os critérios que ele tomou, ele apenas foi arremessando discos pra ver no que dava. Se deu mal. Na edição posterior, havia gente xingado ele de burro, desmiolado, desinformado, moleque entre outras coisas. Gostei muito.
O esquema ideal é juntar um grupo de críticos, solicitar uma lista pessoal de

Um dos exemplos mais recentes que posso citar é o da NME, revista renomada da Inglaterra, é uma referência principalmente quando o assunto é rock. De repente eles têm uma mirabolante idéia: fazer uma pesquisa com dois mil leitores pra saber quem foi o melhor rock star da história. O desastre era iminente e o resultado da pesquisa exibiu a catástrofe: primeiro lugar na lista de maiores rockstars da história ficou Kurt Cobain e em segundo (!) Pete Doherty! Você pode gostar de Libertines ou Babyshambles, pode até rir com a desgraça contínua que é a vida desse pobre diabo. Mas Pete Doherty não devia estar nem entre os cem maiores, que diria estar no segundo posto! E aí fica a questão: será que a NME está tão segura de sua credibilidade, de seu nome a ponto de lançar um embuste desse? Se eu fosse editor da revista, ao ver o resultado, vetaria na lata!
- Mas sr. Felipe, os internautas votaram, querem saber quem ganhou!
- Foda-se, veta essa bosta, Smith! Sabe o que está em jogo? A marca NME! Poe uma nota no site e pronto!
- Sim, senhor. Mas...
- Smith, vai pegar um café pra mim, vai...
Mas os editores hoje querem vender e foda-se a confiança. Tudo bem. É um erro (leia-se cagada) em meio a muitos acertos. Estão perdoados.
Já a revista Blender se desvencilhou dos braços (ou mouses) dos internautas e juntou cinco especialistas para montar a lista dos cem melhores álbuns do rock alternativo. O Pavement ganhou com o clássico Slanted and Enchanted (dura batalha contra outro gigante que ficou em segundo, o Daydream Nation do Sonic Youth). Não vou dizer que concordei em tudo, até porque há um absurdo coberto de hype, ali no sexto lugar: Funeral do Arcade Fire. Antes que os indiezinhos de plantão me apedrejem, deixem que eu explane o porquê da minha revolta. Embora seja um álbum espetacular, aclamado por críticos, músicos lendários como Bowie entre outros, acho que um álbum precisa de um tempo num "barril de carvalho" pra se tornar um grande trabalho, que influencie novas bandas e artistas. Funeral poderia angariar o 30º lugar sem problemas, mas 6º? Nem a pau, Nicolau (sim, eu mudei). Me irritei com o Bee Thousand do Guided by Voices ficar apenas com o modesto 31º lugar, sendo que esse disco influênciou muitos dos sons que fica
Se eu for citar exemplos, faria o maior artigo da internet, uma tese. Mas o que importa é analisar e dar o devido crédito à pesquisa. Não se iluda porque a Rolling Stone disse que alguns discos merecem estar numa lista de 50 melhores. Nem sempre eles têm razão. Embora seja uma bagunça a lista de internautas, às vezes essas revistas juntam jornalistas, que parecem estar bêbados ao escrever (ou cheio de grana de gravadora nos bolsos), para montar listas ou escrever resenhas. Na verdade, a mensagem desse post é "não acredite em tudo que você lê". Se quiser, não acredite em mim também.
segunda-feira, setembro 03, 2007
Excellent Italian Grayhound - Shellac

quarta-feira, agosto 22, 2007
THE GREATEST new!
Hahahahahahahahahahahahahahahaha!
Me desculpem queridas Björk, Feist e Juliette: a Cat Power está na área. Björk, volte para o seu iglu, Feist engula sua voz (muito bela por sinal) e Juliette, vai fazer xilique na casa do caralho! Porra meu querido leitor, a mulher mais foda da música mundial voará aqui para Sampa, afim de nos proporcionar momento celestiais. E se você tem dúvida se o céu existe, ouça I Don't Blame You e entenda um pouco o que é estar nas nuvens.
Num post anterior eu havia dito que se não temos Cat Power, p
Eu costumo comentar com um amigo meu sobre as sensações diversas que ocorrerão em meu corpo durante as horas que verei Chan Marshall destilando sua doçura por todo aquele auditório, acenando aos fãs apaixonados através daqueles gestos meigos e tímidos que ela faz com as mãos enquanto canta ou aquele balançar de pés inquietos. Aí sempre chego a conclusão: é algo que beira o sexual. Esse meu amigo, que prefiro manter o anonimato por questões de castração, diz que quando vir a dona Chan no palco, não sabe se vai considerar a existência de outras mulheres, afinal ele estará há poucos metros do que consideramos a perfeição feminina.

A voz dela flutua entre o afinado e o rouco, sim, aquela rouquidão que desliza por seus canais auditivos, preenchendo seu corpo e lhe deixando em estado sublime satisfação. Aquela voz que se adapta à tudo, do rock mais forte à mais calma canção, que se adapta até ao silêncio, é essa voz, esse sussurro dos deuses, que vamos ouvir no dia 25/10.
Faltam dois meses pro show, mas é baseado nessa expectativa que levitarei no mar da ansiedade, ouvindo mais do que nunca os discos dela, vendo os vídeos dela e esperando o dia em que discos e vídeos não existirão, substituídos pela presença física e ao mesmo tempo divina de Chan Marshall.
Foda-se, ela é um sucesso.
by Felipe Pipoko
quarta-feira, agosto 15, 2007
Bourbon Street Fest: Black de verdade
Vamos lá: o evento é o Bourbon Street Fest, um evento que vai reunir grandes nomes da música original de New Orleans. Sim, o funk (americano), o jazz (aquele jazz acelerado que você costuma ouvir em desenhos do Pernalonga, o Diexeland), o blues sofrido e também o blues mais elaborado, o gospel americano, o soul gingado entre outros estilos, estarão presentes nessa festa. A abertura é de graça, vai rolar no sábado, 18/08 às 15:00hs, no

No meu ponto de vista, é muito bom conhecer novos sons, principalmente de um lugar que exala música, a cidade de New Orleans. E mesmo com o filho-da-puta do Katrina fodendo com a cidade, não pense que tudo acabou. A alegria continua a mesma, a inspiração é indestrutível, e poderemos ver a prova viva dessa imortalidade durante uma semana nesse festival. Da mesma forma que o Brasil e o seu povo vivem de música (ao ponto de termos um ditado: 'quem canta seus males espanta'), o povo de New Orleans, aliás, de toda a Lousiana respira música.
E não poderia deixar de citar que durante a semana do festival, serão oferecidos pratos da culinária Cajun, a rica culinária daquela região. Sabe aquela torta de batata-doce que uma velha negra fazia em algum filme que você já viu? Então, é naquela linha mesmo, e tem um prato chamado Jambalaya que vai de tudo, camarão, lagostim, frango, ostra, salsicha... tipo uma 'paella dos escravos', cheia de temperos, no estilo baiano de cozinhar. Pô, a comida é muito boa. E você que curte os primórdios do rock, deve saber que Jambalaya é uma música de Jerry Lee Lewis, apresentando as suas raízes sulistas. Ah! A comida é cobrada, beleza? Hahahahaha!
O legal é isso, viajar nesse som riquíssimo e descontrair um pouco, num evento alegre e num lugar legal pra caramba que é o Parque do Ibirapuera. Fica aí a recomendação.
Site do evento:
http://www.bourbonfest.com.br/
by Felipe Pipoko
terça-feira, julho 31, 2007
O Slowliness: início, meio e fim
Já Arvid, tem confiança imensa em seu trabalho e busca sempre levá-lo à posteridade. As aspirações são as mesmas que motivaram homens comuns a se transformarem em ícones eternos do rock. Recebi dele a história sofrida de sua carreira musical, cheia de empecilhos, e entenda ‘empecilhos’ como ‘falta de grana’, o fator que mais sufoca os músicos e artistas talentosos ao redor do mundo.

Arvid começou a inclinar seus ouvidos para o rock desde os 12 anos. Vizinhos dedilhavam em seus violões diversos clássicos do rock dos anos 70 e 80 e o pequeno Arvid ficava a apreciar o som (os velhos tempos em que a internet não existia e a busca para saber mais sobre o rock era árdua). O avô de Arvid, lhe presenteou com duas inestimáveis dádivas: a introdução ao som de Elvis Presley e claro, uma guitarra. E o jovem garoto já tinhas suas primeiras experiências musicais tocando na igreja.
Dos 16 aos 17 anos, Arvid tocou em bandas punks, grunges, tocando por diversão, ou como ele costuma dizer: “sem compromisso”. Aos 18 anos, finalmente o Slowliness foi criado. Arvid era o único integrante fixo, ou seja, um ‘rodízio’ de músicos acontecia na banda. Foi nessa época que as duas mais belas canções foram criadas: Almost Crazy e If I Thought Somenthing Will Change. Acredito que um desespero batia no peito do jovem compositor ao não disponibilizar da grana para gravar seu EP. Foi nessa época que ele teve que se virar e trabalhar num posto de gasolina, para juntar o dinheiro suficiente para gravar o EP homônimo da banda.
Quando finalmente juntou a verba, um imprevisto: seu irmão mais velho precisava de dinheiro para pagar um carro. Arvid não hesitou e abriu a mão, ficando sem nada e quase sem esperança de gravar o EP. E na época em que trabalhava no posto, encontrou-se com um cara, que estava em seu caminho para a locadora, afim de devolver um filme. Esse cara era Danilo Passos, ou apenas Passos, grande amigo de Arvid e atual baixista da banda. Conversaram ali mesmo e marcaram um ensaio. Passos tocava guitarra e entrou para o Slowliness como o guitarra base.
Os planos da gravação, embora adiados, continuavam em pé. E quando Arvid havia juntado toda a grana novamente, sua mãe, com problemas de saúde precisava ser operada. Logo Arvid desembolsou suas economias novamente. Após essa segunda “cacetada da vida”, Arvid ficou desorientado e dissolveu a banda. E quando estava desiludido, foi chamado para trabalhar o final de ano num supermercado e logo após as datas comemorativas, ele foi efetivado. Aproximadamente um ano após, ele conseguiu juntar o dinheiro. É claro que o Slowliness já havia voltado (passadas as tensões e frustrações). E nessa volta, Arvid achou desnecessárias duas guitarras na banda e Passos, foi ‘sacado’ da banda. E foi nessa época, sem Passos, que o Slowliness gravou seu primeiro EP. Com forte influência do noise americano (leia-se Sonic Youth), o som da banda tinhas pitadas de grunge sujo, mas o ambiente, a atmosfera sonora lhe faz lembrar o Hüsker Dü ou Superchunk. As letras angustiadas eram cantadas por uma voz que lhe faz imaginar o que seria a leveza do timbre de Elvis Presley com a melancolia e sobriedade de Ian Curtis. Sim, características tão conflitantes se juntavam perfeitamente na voz de Arvid. Resumindo: O EP foi gravado, e perfeitamente elaborado e executado.
Após a tão esperada gravação, a banda foi desfalecendo com os conflitos internos. Arvid me confessou que cometeu alguns erros, mas ele não suportava mais os erros dos outros integrantes e também não sentia mais a pegada em seus colegas de banda. Arvid um dia disse: “prefiro que me preguem as mãos ao tocar com eles novamente”. Isso soa a Morrissey.
Passos, enquanto fora da banda, passou a refinar seu gosto musical, que já era bom, ele era muito influenciado por bandas como Smashing Pumpkins, Nirvana, Teenage Fanclub, Jesus and Mary Chain entre outras lendas do rock alternativo

Embora Passos não tenha participado do primeiro trabalho, hoje ele se ajustou à banda, como uma prova de coletividade, ou seja, para um grupo dar certo, indivíduo deve se ajustar a esse grupo e não o inverso.
O novo desafio é o lançamento do EP Dateline, que já está pronto há um bom tempo. O lançamento está marcado para o dia 24 de agosto de 2007 e os amigos e fãs se alimentam de curiosidade em relação ao novo trabalho. Ainda há espaço para o que Arvid e Passos consideram o melhor que o Slowliness já idealizou (sim, já está pronto): o disco All Against Nothing.
Se você nunca ouviu o som deles, ou nunca os viu ao vivo, vale a pena ir, afinal, eles não se limitam a tocar apenas os próprios sons. O Slowliness faz um ótimo cover de Sebadoh ou Guided by Voices. E como sou fã de carteirinha das duas bandas, não posso cometer o pecado de ‘não’ recomendar.
Entrevista com Arvid Lima
RockTown - Seu avô poderia ser considerado peça-chave para sua formação? Como era sua relação com ele?
Arvid - Sim, meu avó me fez ser este homem que sou hoje em dia. Eu acredito que entre meus irmãos e primos, eu estava mais próximo dele. Minha relação com o meu avó sempre foi boa, ele faz muita falta pra mim e pra minha família, mas o que me deixa feliz é saber que ele dorme no braços do Senhor.
RockTown - Qual era a idéia, a intenção por trás da criação do Slowliness?
Arvid - Quando eu formei o Slowliness, tudo era muito novo pra mim, eu era muito novo não era nada demais, eu só queria tocar as minhas músicas. Nada daquelas coisas que querer mudar o mundo (risadas).
RockTown - Como foi o primeiro contato com Passos?
Arvid - Eu trabalhava perto de casa, quando o Passos voltava da locadora. Eu o chamei e começamos a conversa, e eu falei meio rápido sobre minha idéia etrocamos telefone, dias depois estamos no estúdio pra ver como iria sair asmúsicas, e nesta época já tocava Almost Crazy e If I Thought Something Will Change, e outras que sumiram porque eram muito ruins (risadas).
RockTown - Na época, houve algum ressentimento por parte do Passos ao sair da banda por falta de espaço?
Arvid - Eu acredito que não. Eu sempre fui muito verdadeiro com ele e ele comigo, aconteceu um monte de coisas chatas naquele ano, Depois da gravação outras coisas chatas aconteceram, e eu mostrei pro Passos o cd. Ele começou acreditar mais nas música, e eu vi que não podia seguir sem, eu precisava dele eu preciso pra tocar as nossas músicas.
RockTown - Quem são as mulheres que estampam as capas dos EPs "Slowliness" e "Dateline"?
Arvid - Do primeiro EP é minha tia. Ele nasceu na Itália, morou no Vaticano por um tempo, uma pessoa que não cheguei a conhecer. Do Dateline é minha avó, Dona Archangela, mulher abençoada (risos).
RockTown - O que o motivo a dissolver o Slowliness e seguir carreira solo?
Arvid - O Slowliness foi uma parte da minha vida, mas eu não sei o dia e nem a hora, o Passos e eu estamos terminando o que para nós será o melhor EP doSlowliness.
RockTown - Você pretende seguir qual linha de influência nessa nova carreira?
Arvid - Eu não sei exatamente o que será ainda, eu não tenho nada pronto sóescritas. Eu tenho um trabalho a fazer com Slowliness, vamos nos apresentar ao vivo em breve. (n.e.: dia 24/08/07)

RockTown - Sua tendência ao gospel vem dos tempos de quando você tocava na igreja ou vem da fase que Elvis Presley focou mais o estilo?
Arvid - O lance é que tem uma diferença em tocar pra Deus e tocar no ‘mundo’. O importante é você ser verdadeiro no que você faz, e eu tenho vontade de cantar música gospel não por causa do Elvis.
RockTown - Um dia você me disse que faltava alguém para lhe dar uma educação vocal. Você ainda se preocupa? Pensa em aprimorar a voz?
Arvid - Sim, eu sempre quero melhorar. Uma banda boa é aquela que tem um bom vocalista.
RockTown - O fim pode ser considerado uma parada por tempo indeterminado ou realmente é o fim?
Arvid - Infelizmente tudo tem um fim.
nota: o baterista atual da banda é um freelancer, amigo da banda desde 2001. O cara chama-se Ref.
Links da banda:
Slowliness no Trama Virtual
Slowliness no PureVolume
by Felipe Pipoko
sábado, julho 14, 2007
The Donnas no Brasil

R$ 70 (antecipados, com desconto)
R$ 100 (na porta)
R$ 50 (estudantes) – à venda apenas na London Calling CDs, mediante apresentação de carteirinha original e comprovante de matrícula – apenas um ingresso por carteira
O preço tá salgado, né? Embora eu curta muito o som delas, é show pra fãs, afinal, tá foda alguém pagar 100 pratas na porta... é ou não é?
by Felipe Pipoko
segunda-feira, julho 09, 2007
Björk: A deusa esquimó vem pros trópicos.

segunda-feira, julho 02, 2007
Cold War Kids: Letras e sons geniais
Essa banda, esses caras, são o Cold War Kids. Banda formada em Fullerton na Califórnia, é integrada pelo vocalista Nathan Willet, o baixista Matt Maust, o baterista Matt Aveiro e o guitarrista Jonnie Russel. Os caras se juntaram em 2004, mandando demos pra tudo que é canto possível. Lançaram o primeiro EP chamado Mulberry Street e causaram um estouro entre os blogueiros/rockeiros, que acharam neles um som diferente, bem elaborado e complexo em sua variações instrumentais. Tocaram no Loolapalooza em 2006 e assinaram contrato com a Downtown Records. No mesmo ano lançaram o disco Robbers & Cowards que na opinião deste que vos escreve, foi um dos melhores discos do ano, sem sombra de dúvida. Oras, se você

O nível das letras é bem superior ao de muitas bandas similares, que embora tenham bom som, não passam de cabeças de vento. Eles não falam sobre guerras, brigas entre ocidente e oriente, russos contra americanos, e muito menos exaltam o comunismo como solução para a vida (muita gente pode pensar nisso ao ler o nome da banda). As letras são inteligentes, mostram a realidade de famílias e pais de família fracassados e arrasados pelo vício, ladrões fúteis, morte, contradições da vida. E quando letras geniais se juntam com um som rasgado, forte e bem elaborado, cheio de rastros de blues? Só pode dar em uma grande banda. Eu realmente espero muito que o novo disco não decepcione, como foi o caso do Bloc Party, que até lançou um bom segundo disco, mostrando novidades (ou novas tendências e objetivos), porém decepcionando a expectativa dos fãs. Longa vida ao Cold War Kids!
by Felipe Pipoko
segunda-feira, junho 25, 2007
Resumo dos discos de 2007

"... já esperava algo bem foda, ainda mais quando soube que Steve Albini, gênio do underground americano, líder de bandas como Big Black, Rapeman e Shellac, iria produzir o disco dos caras. Foi uma combinação explosiva, afinal, a bateria e a guitarra dos irmãos Ashton e o indiscutível carisma e poder de voz de Iggy Pop..." Nota: 4/5

"Favourite Worst Nightmare é mais pesado e mostra escancaradamente a intenção do quarteto em mostrar uma desprentensão quanto às expectativas e todo o hype atribuído a eles." Nota: 4,5/5

"Todo o tema religioso que permeia a atmosfera musical do trabalho deles dá um encanto a mais. O trabalho instrumental continua impecável, na verdade está aprimorado, bem produzido e totalmente hipnotizante.

"Tem muita qualidade e demonstra uma coragem que muitas bandas não têm, coragem ao desbravar novos territórios utilizando os bons e velhos instrumentos. Muita gente já colocou sax no rock, mas o som do Menomena não se limita aos parâmetros do jazz-rock ou da influência que esse mesmo exerceu sobre o rock." Nota: 4/5

"Como havia dito, embora o som seja antigo, embora o som faça parte de nossas vidas há muito tempo, LOVE nos trás uma sensação incrível de novidade relacionada aos Beatles. Por mais que esse disco seja uma coletânea, soa como novo. E fazer uma coletânea soar como novidade, só os Beatles podem." Nota: 4,5/5
Ainda preciso analisar mais alguns... e espero ficar surpreso com alguns lançamentos à partir do próximo semestre.
by Felipe Pipoko
domingo, junho 24, 2007
Novidade: Tim Festival 2007

Cara, digam o que quiser do Arctic Monkeys, mas os caras me surpreenderam no novo disco e fiquei muito curioso para ver a performance dos carinhas de Sheffield, ao vivo. Vai ser um bom show, mas o foda vai ser aguentar a porra da tietagem dos moderninhos ao meu lado, gritando. Lá é um bom lugar pra encontrar o Lúcio Ribeiro e espancar a cara de veado-groopie que esse cara tem. Coitado de quem estiver na frente dele... afinal, quem conhece Lúcio Ribeiro sabe que ele vai bater uma punhetinha quando os vir entrando no palco... e quem estiver à frente dele, leve um lenço ao menos pra limpar o resultado de sua experiência músico-sexual.
Já os Killers eram vítimas do meu preconceito, mas parei pra ler um pouco mais, pra ouvir um

E a banda Juliette e os seus Licks? Bem, tava todo mundo comentando que Cat Power viria esse ano... um amigo meu já previa o seu choro ao ouvir Babydoll ao vivo, mas acho que não vai

Mas e quanto aos shows? Em que cidades e onde vão rolar? Que dias? Segue abaixo informações retiradas do site da Folha de São Paulo:
O festival de música terá edições em quatro cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Vitória. As apresentações acontecem entre os dias 25 e 31 de outubro. Os locais das apresentações serão os mesmos de 2006. No Rio, o evento ocupará mais uma vez a Marina da Glória. Os shows em São Paulo se dividirão entre o Auditório Ibirapuera e a Arena Skol Anhembi (fodeu). Vitória receberá uma versão compacta do festival no Teatro da UFES, enquanto Curitiba terá como cenário a Pedreira Paulo Leminski.
Ah! Os ingressos começam a ser vendidos em 27 de agosto, se não me engano. Os preços? Não me perguntem!
Sobre o Air (dupla francesa de música eletrônica), eu não me sinto à vontade pra escrever sobre eles. Mas eles vão também.
by Felipe Pipoko
sábado, junho 16, 2007
Festival Indie Rock

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quarta-feira, abril 18, 2007
((Rapidinhas)) - Stooges (Weirdness) -> Arctic Monkeys (Favourite Worst Nightmare) -> Fratellis (Costello Music)


Os Stooges não necessitam de apresentação. Ouví muito o The Weirdness (já haviam algumas apresentações ao vivo das músicas novas disponíveis) e já esperava algo bem foda, ainda mais quando soube que Steve Albini, gênio do underground americano, líder de bandas como Big Black, Rapeman e Shellac, iria produzir o disco dos caras. Foi uma combinação explosiva, afinal, a bateria e a guitarra dos irmãos Ashton e o indiscutível carisma e poder de voz de Iggy Pop, quando estiveram juntos uma vez em meados do fim dos anos 60 e início dos anos 70, mudaram

by Felipe Pipoko
segunda-feira, abril 02, 2007
Menomena: criatividade, experiência e uma pitada de loucura
Se você juntasse três músicos, onde cada um sabe tocar uma infinidade de instrumentos, o que você imagina que resultaria? Não imagine. Ouça. Ouça o som do Menomena. Foda-se se eu estou lhe intimando a ouví-los. O som que os caras fazem, lhe impulsiona a correr e compartilhá-lo com quem você conhece. São três músicos quem sabem de tudo um pouco: Brent Knopf na guitarra e teclados, Justin Harris no baixo, guitarra, sax barítono e sax alto e Danny Seim na percurssão. A banda ainda tem um trunfo exclusivo: eles utilizam um programa desenvolvido por Brent Knopf chamado Digital Looping Recorder, que os ajuda na composição das músicas, misturando diversos trechos tocados em cada intrumento (como um riff de guitarra) criando uma composição musical. Parece loucura? Não parece, é.
O primeiro disco deles chama-se I Am the Fun Blame Monster! e conta com uma capa bem simples, parecida com algum daqueles desenhos que fazíamos no caderno, em meio à uma aula entediante. Um pequeno monstro na parte superior à direita. Esqueça a capa, o som é muito foda. A primeira faixa Cough Coughing tem algo parecido com o som do Clinic. Bateria e baixo pausados, porém sincronizados te deixam atônito, principalmente quando você ouve com um fone de ouvido legal. Em seguida você começa a conhecer os traços multi-instrumentais do Menomena na faixa The Late Great Libido, onde o sax alto de Justin Harris suaviza o caos que a bateria tenta criar.
O último trabalho deles, o Friend and Foe, segue a mesma linha. Logo de início, a faixa Muscle'n Flo demonstra a perícia de Danny Seim na bateria, com muitos ataques e pausas. O baixo de Justin Ha
Prometi à mim mesmo que não iria mais fazer artigo sobre uma banda e acabar analisando o disco inteiro. Por isso, acho mais legal comentar somente sobre essas duas faixas, e lhe deixar curioso para baixar outros trabalhos deles. Tem muita qualidade e demonstra uma coragem que muitas bandas não têm, coragem ao desbravar novos territórios utilizando os bons e velhos instrumentos. Muita gente já colocou sax no rock, mas o som do Menomena não se limita aos parâmetros do jazz-rock ou da influência que esse mesmo exerceu sobre o rock. Ouça e comprove o que estou escrevendo.
Tá com preguiça de baixar o som deles? Ouça um trecho de Cough Coughing ao vivo (preste atenção no batera):
http://www.youtube.com/watch?v=pIqI8hg5xDU
by Felipe Pipoko
sábado, março 24, 2007
Buzzcocks no Brasil e a popularidade do punk

É isso mesmo que você leu. Os ingleses do Buzzcocks desembacarão em Sampa para um show, que será realizado no dia 29/04. E não adianta ficar aqui falando muito da banda, porque se você der uma olhada nos sites especializados que noticiam a vinda da banda, vai notar que é pura repetição. O conteúdo sobre a banda é o mesmo, vão falar que eles não usaram a premissa política como os Sex Pistols ou o Clash. Vão dizer que as músicas deles alternam entre o bom humor e a angústia em assuntos adolescentes e todo aquele blá blá blá típico de quem anda copiando sites gringos. O que importa mesmo é que os ingressos para o Ataque Frontal Fest, que trará Buzzcocks e Less Than Jake ao Brasil, já estão sendo vendidos. O evento acontece dia 29 de abril no Espaço das Américas, na Barra Funda (SP). No primeiro lote, os ingressos vão custar R$ 60 e podem ser comprados no site http://www.ticketronic.net/ ou nas lojas London Calling, Estrondo e Chili Beans. As atrações nacionais que abrem o festival são Dead Fish e Sapo Banjo (puta merda, que lixo).
O punk virou moda ou a moda virou punk?
Agora muita gente acha que os Buzzcocks são injustiçados por não terem a fama que mereciam no main-stream. Mas será que era necessária essa fama toda? Ou seria melhor ficar do jeito que está, tendo a idolatria e devoção das pessoas que realmente conhecem o punk e o movimento que ele representou? Acredito que a segunda opção seja a mais vantajosa, pois ao olharmos para os Sex Pistols, embora tenham uma imagem lendária e respeitada, os mesmos foram "prostituídos" com sua fama pop. Eu realmente curto muito os Pistols, mas é de dar náuseas ver uma garotinha pagodeira usando uma camisa que a C&A vendeu com a estampa de Sid Vicious. Esse é o preço que se paga pela fama, por ser conhecido. E não estou dizendo que a garotinha pagodeira conheça os Pistols, mas o designers da estampa conhecem, mas o conhecem num âmbito pop, superficial, o que os faz desenvolver estampas sob a missão de popularizar o punk. O punk é moda? Sim, é sim, com todos os seus acessórios metálicos, calças rasgadas, piercings e o cabelo estilo moicano que cada vez mais você vê, da periferia aos bairros nobres.

by Felipe Pipoko
quinta-feira, março 22, 2007
Boato, apenas boato.

sexta-feira, março 09, 2007
Claro que é Rock 2007- Boato ou verdade?
Durante o feriado prolongado paulista, aquele da revolução constitucionalista, rola o Claro Q É Rock 2007 - Nas Montanhas--> O nome é por causa do local onde vai rolar, em pleno inverno brasileiro, na montanhosa cidade sul- mineira; Poços "Vulcão Adormecido" de Caldas (260Km de SP, 380Km de BH e 440Km do RJ), dentro do estádio municipal, o "Ronaldão", pra público entre 5 e 7 mil pessoas. Naquele esquema: um palco em cada lado do campo, sempre tem show, uma vez em cada gol.
CQÉR 07 [32 bandas em 4 dias]
Claro Q É Póst Rock, sexta-feira (06/07) [7 bandas]
20:00 - Vanguart (MT)
21:00 - Gram (SP)
22:00 - Patife Band (SP)
23:00 - Nação Zumbi (PE)
00:00 - Los Hermanos (RJ)
1:00 - Mutantes (SP)
2:00 - Radiohead (UK)
Claro Q É New Rock, sábado (07/07) [11 bandas]
16:00 - Hats (SP) 17:00 - Ludovic (SP)
18:00 - Walverdes (RS)
19:00 - Rock Rocket (SP)
20:00 - Zefirina Bomba (PB)
21:00 - Cachorro Grande (RS)
22:00 - Moptop (RJ)
23:00 - Autoramas (RJ)
00:00 - Gossip (UK)
1:00 - Artic Monkeys (UK)
2:00 - Bloc Party (UK)
Claro Q É New Rave, domingo (08/07) [9 bandas]
18:00 – Freak Plasma (SP)
19:00 - Multiplex (SP)
20:00 - Digitaria (MG)
21:00 - Montage (CE)
22:00 - Jumbo Elektro (SP)
23:00 - Bonde do Rolê (PR)
00:00 - CSS (SP)
1:00 - Klaxons (UK)
2:00 - Le Tigre (US)
Claro Q É Hard Rock, segunda-feira (09/07) [5 bandas]
15:00 - Pilotus (SP)
16:00 - MQN (GO)
17:00 - Forgotten Boys (SP)
18:00 - Wolfmother (AUS)
19:00 - Queens Of The Stone Age (USA)

Minha namorada Camilla entrou em contato com o Ingresso Fácil (vendedora de ingressos por fone e internet) e a atendente, após 15 minutos, afirmou que a organização do festival está em término de negociação e é bem provável que role mesmo em julho. Pesquisei no site do Bloc Party e não há show marcado no espaço desses quatro dias (o Bloc Party já tem show marcado pra agosto), ou seja, é um bom sinal. Isso ainda é um boato, e muitos podem dizer: "porra, o Pipoko publicou um boato sob risco de se foder", porém já estamos pesquisando e em breve publicaremos se é ou não uma "doce ilusão".
by Felipe Pipoko
quarta-feira, março 07, 2007
((Rapidinhas)) Arcade Fire (Neon Bible) -> I'm from Barcelona e Polyphonic Spree

--> Seguem aí duas opções pra variar um pouco: Polyphonic Spree e I'm from Barcelona. Duas bandas, uma com 24 integrantes (Polyphonic) e outra com 30 (I'm from Barcelona). Parece um exagero, porém acreditem: é um som fora do sério. Indie-rock, psicodelia e um estilo soft-rock à la Belle and Sebastian. Do I'm from Barcelona, vou recomendar, só pra guiá-los, a música We're from Barcelona. É foda demais. Do Polyphonic Spree, posso recomendar a bela canção Overture, Holiday, rica em harmonia instrumental e um ótimo vocal. Como disse, se quiser variar no menu, seguem duas recomendações.
by Felipe Pipoko
terça-feira, março 06, 2007
Beatles LOVE: é de arrepiar!
Na verdade, o mérito, por incrível que pareça, não deve ser atribuído aos Fab Four, mas sim ao lendário produtor George Martin e seu filho Giles Martin. George Martin é considerado o quinto Beatle, pois ele é responsável pela esmagadora maioria das produções dos trabalhos da banda inglesa. Embora a banda ten

O repertório foi preparado especialmente para o espetáculo LOVE do Cirque du Soleil (inspirado nas canções dos Beatles, óbvio) e ao ouvir, constata-se que é a trilha perfeita. O início do disco com a canção Because somente com os vocais e os efeitos de Blackbird (os pássaros ao fundo) são de nos deixar loucos para que a próxima faixa inicie. Falando em Blackbird, é incrível o mashup que George Martin fez ao juntar perfeitamente os violões de Blackbird e Yesterday! Nos faz pensar que se trata de uma só canção. Pra mim, o grande destaque é Strawberry Fields Forever que conta com citações de Penny Lane, In my Life, Piggies e Hello goodbye, que estão muito bem introduzidas à canção. Em Being for the Benefit of Mr. Kite você nota trecho da maravilhosa I Want You. Bem, para notar tudo, é necessário ouvir tudo e uma dica: não coloque na opção shuffle, ouça na sequência correta, do 1 ao 26, pois a cada mudança de faixa você nota a evolução de um som para o outro, é genial.
Eu pertenço à geração atual, geração que não viu os Beatles tocar, não viu um disco deles ser lançado. Mesmo assim, me arrepiei ao ouvir o disco pois é mais um reconhecimento ao trabalho tão breve, mas tão marcante de quatro caras que em 7 anos de sucesso, evoluiram tanto, contribuiram tanto para o rock e vai além do rock, contribuiram para solidificação da identidade da cultura ocidental moderna, afinal, quem, num futuro distante, poderá citar o século XX sem citar os Beatles? Como havia dito, embora o som seja antigo, embora o som faça parte de nossas vidas há muito tempo, LOVE nos trás uma sensação incrível de novidade relacionada aos Beatles. Por mais que esse disco seja uma coletânea, soa como novo. E fazer uma coletânea soar como novidade, só os Beatles podem.
by Felipe Pipoko
sábado, março 03, 2007
The Black Angels - essa neo-psicodelia é um sucesso!
Essa banda de Austin, Texas, lançou em 2006 seu primeiro álbum, o Passover e não decepcionou. Um disco muito bem produzido e com algumas faixas ideais para ouvir num dia de chuva, algumas vezes pra alegrar o dia, outras vezes pra entristecer mais.
A guitarra desliza e se destaca mais que qualquer outro instrumento,

Os Black Angels têm boa entrada na mídia mundial, alguns artigos em jornais ingleses (grande merda), outros em revistas especializadas, tem até um podcast da KEXP pra baixar, com uma jam session de ótimos 35 minutos com declarações dos membros e muito som no estúdio da rádio. Eu realmente tô pouco me fodendo se eles vão estourar na mídia, mas acho que eles estão nos passos do Velvet Underground, que foi uma bosta em questão de vendas do primeiro disco, mas se tornou referência eterna. Não estou prevendo que os Black Angels terão um futuro tão glorioso, mas com certeza ao falarmos de rock no futuro, lembraremos dessa banda.
quinta-feira, março 01, 2007
The Zutons - a pegada é forte!
E de repente a internet chegou. Os primeiros anos não nos revelaram nada, além de jornais on-line, salas de bate papo, o Mirc... e sim, alguns sites pornôs. A lentidão da internet discada ainda não empolgava as possibilidades de downloads de músicas, porém tudo foi evoluindo. Fazem 10 anos que utilizo a internet, e a evolução não foi aos poucos. De repente o Napster apareceu e a explosão de possibilidades aconteceu. Sites de música foram se multiplicando, nos mantendo atualizados dia à dia sobre o mundo em que vivemos, o mundo pra onde fugimos, esse mundo maluco da música. E hoje temos milhões de formas de conhecer novos sons, novos estilos e por aí vai.

Passaram alguns meses e em 2006 os caras lançaram o disco "Tired of Hanging Around". Demorou um tempinho pra eu achar, mas os caras não deixaram a peteca cair, muito pelo contrário, desceram a pancada na peteca e mesma subiu alto, muito alto. As faixas vocais se mantêm e com maior intensidade. O sax da bela Abi Harding dá aquele toque de jazz-rock, algo que está faltando no pobre cenário indie-rock atual. Harmonias vocais parecem cada vez mais tomar conta do rock (vide TV on the Radio). Pelos deuses, não consegui tirar da cabeça a música Valerie, desse novo disco. Com certeza é a música mais marcante do disco, com um refrão daqueles que grudam na sua mente.
Mas toda essa pegada forte de soul, baixos marcantes e graves, jamais me lembrariam a fria Inglaterra, porém acredite: os caras são da mesma terra dos Beatles. Sim, Liverpool que testemunhou o nascimento dos Beatles, Elvis Costelo, Echo & the Bunnymen testemunhou em 2002 o nascimento dessa banda, que óbviamente não chega aos pés das bandas citadas, porém tratam-se de um prodígio nesse nosso "novo rock".
Em tempos que perdemos uma referência músical tão grande como James Brown, soa bem ouvir uma banda tão nova tocando um som tão James Brown.
by Felipe Pipoko
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
A (Falsa) Melancolia Brasileira
Estava eu ouvindo a manjada, porém perfeita Love Will Tear Us Apart do Joy Division em um ônibus pelas ruas de São Paulo. Por mais que essa música te faça pensar, pensar e desanimar em muitos pensamentos, a melancolia é artificial. Uma das ruas que o ônibus passa, é uma rua sofrida, com dois hospitais públicos e um hospital que trata o câncer de crianças. Cara, se você quer ter motivos pra se deprimir com sua existência, pegue esse ônibus. Cada parada é um caso drástico que se apresenta na entrada do ônibus. Crianças totalmente retardadas, aleijados, cegos e uma infinidade de doenças de pele. Cenas como essa fazem o suicídio de Ian Curtis parecer besteira. Mas é incrível como a melancolia das desgraças da vida parecem não afetar esse povo, que está rindo, se não é uma gargalhada é uma expressão de esperança refletida num pequeno sorriso. Gente que teria tudo pra se enforcar como Curtis fez, mas não o faz, porque seja por convicção religiosa (suicídio é pecado mortal) ou seja pela esperança que nunca morre, esses brasileiros não desistem nunca (porra de frase filha da puta).
Por isso colocando esse assunto numa ótica musical, não vejo o motivo para expressarmos um cunho melancólico em nossos rocks. Claro que pessoas nascem depressivas, isso de fato é a doença do século XXI, mas muito do que se escreve, essa onda emocore que varreu muitos jovens é puro teatro, puro modismo, pura falta-do-que-fazer. A tristeza da vida, os traumas de um passado tenebroso têm que ser repassados em canções, afinal, quem canta os males espanta, mas toda essa orgia depressiva que assombra a sociedade, porra, isso é pura mentira. Pessoas estão escolhendo o nome “depressão” pra intitular seu estado emocional. Pelos deuses, a depressão foi banalizada, foi escolhida como o hype da juventude desse novo século. É ridículo ver tão pouca sinceridade nas letras que se multiplicam a cada dia (parece que existe uma máquina replicadora de músicas exageradamente emotivas), ver tanta gente que termina um namoro de 2 meses e diz que vai cortar pulso. A molecada tá foda, pessoal! Existem dois caminhos para o futuro: boa parte dessa trupe vai crescer e lembrar desses tempos com uma vergonha fodida e a outra parte vai montar banda, criar raízes nesse movimento e viver disso até o dia que notar que é um cabaço, babaca que desperdiçou sua vida num movimento pra lá de furado.
Temos que entrar numa concordância: emo já é algo que não merece nem nossa mais fraca apreensão. Porém a cada dia cresce a valorização pelo sentimento mais profundo e obscuro do ser humano: a tristeza. É bom saber lidar com tudo isso, se situar, afinal, moramos num país tropical, abençoado por Deus, bonito por natureza, sim, em fevereiro tem carnaval caralho! O povo sofre, mas sabe rir. Não fujamos disso.
by Felipe Pipoko
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Psicho Party!

Psicho Party - A festa mais BeijosMeLiga de PoA!
rock//psicodelia//popices
Venha perder a noção na pista dançando o que há de mais louco!
Line up:
Mary Farias (Dynamite)
Becker (GVT)
Dani Hyde (Roque Town - Lasciva)
Pielke (GVT)
Quando? 20/01/07.
Onde? no Laika Mini Club (cadelinha safada).
Custo da Internação?
12$ 8$ lista (lista@gbmag.com.br)
Comunidade da festa no orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=25052384
Traga atestado de saúde mental (carimbo e assinatura de psiquiatra ou psicólogo) indicando os tipos de psicoses e ganhe isenção do ingresso*
by Mary Farias