quarta-feira, agosto 09, 2006

ESPAÇO EMPÓRIO RETRÔ!




Finalmente vamos inaugurar nossa marca, a Empório Retrô.

E novidade não para por aí: teremos um espaço pra outras marcas e artistas exporem seus trabalhos, tudo num clima de descontração e DJs discotecando o melhor do rock.

Grifes participantes: Badalhoka, Um Vintém, 300 Bones entre outras. Preços acessíveis, o bar estará aberto. Passe lá pra conversar com a gente! Vale a pena passar por lá! Fica na DJ CLub, na Al. Franca, 241 - Jardins (travessa da r. Pamplona). Funcionará no sábado, dia 12 das 15:00hs até às 20:00hs! E fique pra balada na DJ! Espero você lá!

segunda-feira, agosto 07, 2006

Superdrag: um dos pilares do nosso rock atual (Lemon Covizze)

Definir o som do Superdrag? Nada fácil, com influências tão diversas. Agregando elementos de bandas dos anos 60 como o pop dos Beatles e do Big Star, a psicodelia do The Zombies, aliado a guitarreira do My Bloody Valentine e a veia punk do Hüsker Dü e dos Replacements , o Superdrag conseguiu uma mistura única e variada, que vai desde as melodias pop agradáveis , passando por guitarras gritando e baladas introspectivas.
A banda seguiu tocando ao vivo pelos arredores de Knoxville, sua cidade natal e em 1995 lançou o lendário EP "The Fabulous 8 Track Sounds of Superdrag", pela gravadora Darla Records. O EP obteve excelente repercussão com a crítica, o que deu origem a um leilão de grandes gravadoras para assinar com o Superdrag, que optou pela Elektra Records, que nessa época caçou bandas do cenário alternativo para suprir a falta do Nirvana.

O álbum de estréia da banda, "Regretfully Yours", foi lançado em 1996. Obteve boas críticas e ainda trazia um single sério candidato a hit, a belíssima "Sucked Out". Em pouco tempo, a banda conseguiu destaque na MTV e nas rádios com "Sucked Out" e o disco atingiu 300mil cópias vendidas. No entanto, o segundo single, "Destination Ursa Major" não repetiu a performance do anterior, freando a trajetória do álbum "Regretfully Yours" no mainstream. O Superdrag embarcou numa extensa turnê, tocando mais de uma centena de shows, que ganhavam popularidade aos poucos, embora as novas músicas apresentadas pela banda durante as apresentações causavam uma certa estranheza. Enquanto o pop fácil de "Regretfully Yours" se tornava a marca da banda (evidenciado pelo ensolarado single "Sucked Out"), as novas canções (boa parte delas baseadas em piano) eram mais sofisticadas e obscuras.

O difícil segundo álbum, lançado em março de 1998, "Head Trip in Every Key" é bem mais ousado que o disco anterior, com trechos orquestrados, instrumentos requintados e tempos variados. Davis incorporou ao som do Superdrag, além do piano, o theremin e a cítara. Em uma das músicas, "Schuck & Jive", que apresenta elementos dissidentes dos Beach Boys, Davis canta sozinho harmonias de cinco vozes.

Embora o disco tenha recebido críticas melhores do que em sua estréia, a gravadora Elektra já não estava entusiasmada com o Superdrag, empenhando praticamente nenhum esforço na promoção do disco. Até mesmo o orçamento para o videoclip de "Do The Vampire" não foi aprovado, com a gravadora optando utilizar a verba para um video de uma banda techno, considerada mais comercial. Sem um single tocando nas rádios e MTV, o disco sumiu das paradas rapidamente, assim como ficou difícil agendar shows.
Agora você que esta lendo isso talvez esteja se perguntando, como uma banda desse peso pode ser considerada uma banda de 'one hit wonder'?

Com a falta de apoio da gravadora, o Superdrag coloca no mercado de forma independente a coletânea "Stereo 360 Sound", que reúne as demos dos primórdios de sua carreira, os b-sides dos singles e sobras de estúdio. De certa forma, "Stereo 360 Sound" renovou o ânimo do grupo, que retornou ao estúdio para gravar seu terceiro disco. No entanto, as pressões intermináveis para que a banda gravasse "hits" fez com que o Superdrag rompesse definitivamente com a Elektra. Frustrado com a situação, o baixista John Pappas abandona o Superdrag se dedicar ao Flesh Vehicle, projeto-paralelo que ele já havia montado há algum tempo.

Sem perder tempo, o Superdrag chama o baixista Sam Powers, que tocava na banda Who Hit John, de Nashville, para integrar o grupo. Em 1999, a banda abre o seu próprio estúdio, Knoxvegas, e inicia os trabalhos no seu terceiro álbum. "In The Valley of Dying Stars", que combina elementos dos dois primeiros álbuns, a energia de Regretfully Yours e os arranjos mais elaborados de "Head Trip in Every Key". O disco passou longe do grande público, mas foi bem recebido pelo circuito alternativo, onde parece ser o destino definitivo do Superdrag. O álbum foi lançado em 2000 pela Arena Rock Recording Company, recém-inaugurada gravadora independente de Nova York.

No ano seguinte, a banda lança um EP no Japão, contendo cinco novas canções e cinco regravações, incluindo aí covers para Kinks e Replacements. O álbum, chamado "Greetings from Tennessee", saiu pelo selo que lançou "In The Valley of Dying Stars" em território japonês, e foi gravado parte em Tóquio, e parte no estúdio da banda, em Knoxville.

Desse mesmo EP são aproveitadas três musicas Take Your Spectre Away / The Emotional Kind / I Guess It's American, que se juntam com mais três canções da banda The Anniversary, saindo assim um EP The Anniversary / Superdrag Split Vagrant Records em Novembro de 2001.
Em 2002, é lançado "Last Call For Vitriol", também pela Arena Rock, seguido de extensa turnê. Mais um sólido trabalho que consolida a atual posição do Superdrag, onde as trapalhadas de gravadoras grandes ficaram definitivamente para trás.

Agora chegamos ao fim da turnê o que vamos fazer? Vamos cada um tocar seus projetos e continuar a sermos bons amigos e fazer churrascos... E foi assim que cada um seguiu seu caminho, John Davis está com seu projeto solo onde canta musicas gospel e lindas canções de amor, Don Coffey, Jr montou seu próprio selo Independent Recorders em Knoxville, Brandon Fisher está feliz com sua família o mesmo serve para Sam Powers, é triste o fim? É, mas nunca eles afirmaram um fim, nos resta esperar a volta! E eu torço os dedinhos todo dia para isso.

by Lemon Covizze (contato: covizze@hotmail.com)

Que tal dar uma olhadinha no clipe do hit "Sucked Out"? Esse clipe é foda!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Mando Diao - invasão sueca?

Você pode ter ouvido falar deles, que os caras são fodas, as composições de suas músicas e letras são muito boas... que os caras soam como os Beatles. Poxa, tem muita coisa rolando pela imprensa da crítica musical. Pelos deuses, eu acho 90% das coisas um exagero de fazer você rir. Cara, eu não tenho diploma de jornalismo, mas pelo menos um senso musical, ah, isso eu tenho. Ter senso musical não é ter gosto musical apurado, até porque ninguém é ALGUÉM pra julgar gostos musicais. Gosto musical é igual leproso, é intocável. Mas então, ter o "mínimo" senso musical ao criticar um som, é não fazer aquele alarde todo pra cima de bandas que estão começando. Ok, muita gente nas gerações anteriores corresponderam às expectativas, como os Ramones o fizeram entre outras lendas do nosso bom rock. Mas foram poucas. Se levarmos em consideração o número de bandas que já passaram pela cena e se foram sem marcar época, ou pelo menos sem lançar um hit, você ficaria de boca aberta. Tietar novas bandas ao ponto da extrema idolatria é coisa de quem não entende de som. Eu por exemplo, vejo o Lúcio Ribeiro de peruquinha chanel gritando pelos Beatles nos anos 60. Pode ter certeza, se ele fosse adolescente naquela época, ele seria uma daquelas tietes malucas beatlemaníacas! hahahaha!

Depois do alerta inicial, vamos falar do que interessa: o som do Mando Diao. Essa banda nasceu em 99, na cidade de Borlänge, na Suécia, cidade recorde em assassinatos e tráfico de drogas (hahaha! o recorde da Suécia deve ser o índice de assassinatos e drogas de uma cidadezinha do interior do Amapá!) . Os líderes da banda, ou melhor, escritores das músicas Daniel Häglund, tecladista e Björn Dixgärd, guitarrista já tocavam juntos em 95 numa banda chamada Butler. A banda acabou, mas eles continuaram em parceria, tocando e escrevendo músicas juntos. Tempos depois o baixista Fredrik Nilsson, guitarrista Gustaf Noren e o baterista Anton Grahnstrom foram incluídos na formação; Nilsson e Grahnstrom foram substituídos por Carl Johan Fogelklou e Samuel Giers e finalmente, eles formaram o Mando Diao.

Häglund e Dixgärd costumam ser comparados à Paul McCartney e John Lennon do Beatles, pela parceria, pelo fato de comporem as letras e sons e por serem polêmicos. Geralmente eles (a banda inteira) tenta se igualar aos carinhas de Liverpool com algumas pérolas: "ver o Mando Diao ao vivo é como ir a uma igreja. Nossos fãs nutrem por nós o mesmo sentimento que as pessoas nutrem pela religião" ou "nós honestamente acreditamos que nossas canções são melhores que as canções dos Kinks, Who ou ainda Small Faces. Podem até ser melhores que muitas canções dos Stones ou Beatles, ou iguais a elas. Nós competimos com as melhores bandas do mundo". Excesso de confiança é o que eles mais têm. É claro que o som dos caras jamais será igual ou melhor que o dos Beatles ou Stones, isso beira à blasfêmia. É claro que você pode ligar pontos do som dos caras da Suécia e dos caras da Inglaterra. Você sente uma intensidade gigantesca na música deles, aqueles yeah, yeah, yeah que vez em outra enchem suas músicas de entusiasmo. Se você ouvir a música P.U.S.A vai ser difícil não ver influência viva dos Beatles no som deles. A influência dos caras é muito boa, como você pode ver, bandas da invasão britânica se fazem presentes em muitos momentos da banda, mas você encontra coisas mais antigas também, como o blues (ouça a música Motown Blood) que ilumina muitas das canções deles e aquele folk tímido (ouça Lauren's Cathedral) que tem pitadas de Dylan e Cash. Existem algumas que viraram hits como Sheepdog, Mr. Moon, The Band, Cut the Rope, Clean Town. Essas aí são boas pra vocês sentirem a pegada da banda, que varia muito da extrema gritaria com seus YEAHS em Sheepdog e flutua com a tranqüilidade de Mr. Moon ou To China with Love que é muito boa. Quando eu discoteco, costumo avaliar a reação das pessoas ao ouvirem um novo som, e ao executar duas deles, a recepção ao som foi ótima, com várias pessoas perguntando que som era aquele. O legal disso não é se sentir o "Mr. Hype" se sentindo descolado e cool ao mostrar um novo som, mas revelar esse som, que é bom, pro pessoal ouvir e quem sabe esquecer alguns trastes que perambulam pela mídia. É um verdadeiro bem que faço ao rock!

Comparar o som deles com bandas atuais, bem, é foda. Mas podemos achar rastros de pop sueco no som deles, e podemos ligá-los ao Hives, Hellacopters e quem sabe um pinguinho de Caesars... já tivemos a invasão britânica nos anos 60. Seria a ocasião pra uma invasão sueca? Não, não...

Site Oficial:
http://www.mando-diao.com/en/

My Space:
http://www.mandodiaoband.com