sexta-feira, março 31, 2006

Analisando: Mudhoney - Here Comes Sickness

Antes de iniciar a review deste álbum de uma das mais (melhor eu frisar isto), umas das MAIS IMPORTANTES bandas de todos os tempos (não, não é exagero), devo explicar uma coisa: eu preferiria estar escrevendo sobre álbuns essenciais e excelentes, tais quais "Superfuzz Bigmuff", "Every Good Boy deserves Fudge" ou "Tomorrow Hits Today".

Mas, infelizmente, nós brasileiros não podemos encontrar um desses álbuns em lojas e, quando acontece de aparecer, vieram direto dos EUA e todos devem saber que a nossa moeda está tão ruim quanto o gosto musical dos cariocas neste carnaval. Resumindo: se você é um fã do Mudhoney e não é rico ou disposto a vender as suas próprias roupas para comprar os CDs (pedir emprestado? alugar? eu ainda estou falando do Mudhoney, quem tem CDs do Mudhoney?!), é bom olhar melhor para este ao vivo ou para a coletânea March To Fuzz...
Críticas às gravadoras à parte, este álbum, "Here Comes Sickness", lançado em 2000, tenta fazer uma retrospectiva da carreira da banda, com três shows, um de 89 e outros dois de 95. Bom, este já é o primeiro problema, pois 17 das 21 músicas deste álbum foram tiradas da turnê de "My Brother the Cow", de 95, daí o fato da maioria delas saírem deste álbum. Não que isto seja ruim, porém faltaram algumas músicas essenciais, como "Blinding Sun", "Sweet Young Thing (Ain’t Sweet No More)", "Good Enough".

Bom, após tantas críticas é melhor falar de tudo o que este álbum oferece: primeiramente, deve-se ressaltar que o Mudhoney é uma grande banda ao vivo, espero que todos que estejam lendo esta review tenham tido a oportunidade de ir ao show da turnê do Mudhoney ao Brasil e não tenham desperdiçado. Falando do ponto de vista de alguém que pôde ir tanto ao Rock In Rio quanto à apresentação do Mudhoney no Rio, as três horas de espera para ver uma hora e meia de show colocam R.E.M., Silverchair, Foo Fighters e Neil Young no chinelo...

Voltando ao álbum, hits como "Suck You Dry", "Touch Me I’m Sick" e "Judgement, Rage, Retribution and Thyme" com certeza te darão um calafrio na espinha, enquanto que as outras são empolgantes, muito bem escolhidas para serem tocadas ao vivo, como a b-side "Editions of You", a instrumental "Fuzzgun 91", o clássico "You Got It", e a que aparece duas vezes, "Poison Water Poisons the Mind". Não se pode negar que Layne Staley e Chris Cornell são os maiores vocalistas de Seattle, no entanto, quando Mark Arm canta, ele é capaz de transformar qualquer música numa pérola, como você pode conferir escutando as baladas sinistras "If I Think", "Dissolve" (que começa com Mark Arm: "watch me now"), "In My Finest Suit" e "When Tomorrow Hits", responsáveis pelos melhores momentos deste álbum. Também são destaques absolutos a música que dá nome ao disco e o abre, "Here Comes Sickness", "You Make Me Die" (com seus um minuto e meio de música - quando Mark Arm canta "think you’re the best, you make me die", você deverá repensar seus conceitos sobre o que é ser o melhor vocalista), "Into Yer Schtik" e, finalmente, a cover dos Dick e que sempre fecha os shows do Mudhoney, "Hate the Police", que tem Mark Arm gritando à plenos pulmões (segundo o próprio, "esta música não é nossa, mas a gente gostaria que fosse").

Enfim, este é um daqueles poucos casos em que você escuta 21 músicas direto e pergunta: "já acabou?" Pensando melhor, vá agora mesmo atrás de todos os outros álbuns desta que é umas das grandes bandas da última década. Afinal, você não precisa de tantas roupas assim...

by Limão Covizze

quinta-feira, março 30, 2006

Analisando: Ghostland Observatory - Novidade

Ouvindo minha rádio gringa preferida, a KEXP (Seattle, EUA), ouvindo meu programa de rádio preferido, John in the Morning, atentei para um som eletrônico que tocava. Estava distraído, quando o DJ John colocou uma banda que eu nunca havia ouvido falar! GHOSTLAND OBSERVATORY. Fiquei intrigado com as batidas, os efeitos... som que lembra um pouco o Kraftwerk, só que dotado de guitarra e um vocal empolgante. Rádio boa é aquela que põe, em tempo real, o nome da música que está tocando. E a KEXP não fugiu à essa regra das boas rádios. Mas não foi o suficiente. Não achava nada sobre essa banda! Até que olhei pro set-list do John é vi uma informação, uma observação ao lado do nome da banda: o endereço onde posso encontrar mais informações sobre eles! Não pensei duas vezes e acessei. Logo me deparei com quatro músicas disponíveis pra serem ouvidas:

Sad Sad City
Stranger Love (a que tocava na KEXP)
Silver City
Rich Man

Caramba! Como eles são bons! Ouvi as quatro músicas diversas vezes, e fiquei impressionado com as viradas, as sincronias, os efeitos simples, que unidos dão uma complexidade às faixas. Os destaques, na minha opinião, são Stranger Lover e Rich Man.

Algo que me chamou a atenção no site foi a comparação que eles fizeram para o som deles: igual à um robô fazendo amor com uma árvore! Hahahaha! Dá pra entender? Não se culpe se você não compreender, é coisa de gente louca mesmo!

Entre as influências deles estão: Vince Young, Daft Punk, Los Tigres Del Norte, James Brown, David Bowie, The Beatles, The Doors, Cash, Jerry Lee Lewis, Elvis, Prince, ANYONE WITH BALLS! Hahahaha! Pelo menos o bom humor está presente… “qualquer um com culhões”! Na boa, o som do Los Tigres del Norte não tem nada à ver com o som deles... ironia? Com certeza! E a ironia continua com Jerry Lee Lewis, Elvis, Vince Young! Não vi nem um pingo de influência deles! Com certeza o humor está presente! Mas Daft Punk, David Bowie é bem notado em suas batidas... Beatles e Doors talvez sejam influências na psicodelia de suas composições. Mas acredito que ser formos listar algumas influências, sem dúvida citaríamos o já citado Kraftwerk, o New Order, uma pitada de tudo que existe em eletrônico nos anos 80.

Vale à pena ouvir? Sim, vale a pena. Se eles vão se tornar conhecidos, isso eu não sei, embora eles estejam fazendo shows aos montes pelos EUA. É uma novidade pra gente ficar bem atento!

Recomendado!

Links úteis:
http://www.myspace.com/spaceghostobservatory (Pra ouvir o som deles)
http://www.kexp.org (Rádio KEXP)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10680077 (Comunidade deles no Orkut)

By Felipe Pipoko

quarta-feira, março 29, 2006

DJ Club, nossa segunda casa. A pista que toca o melhor do rock, todos os sábados, depois das 4:30hs com o Dj Perrotta! Aliás, sabadão é dia de comemorar o aniversário dele! Tudo pelo rock!

Analisando: And You Will Know Us by Trail of Dead - Words Apart

Toda uma série de rótulos espertinhos podem ser empilhados pra tentar descrever o som desses texanos malucos do ...Trail Of Dead: "um Sonic Youth endemoniado". "Um My Bloody Valentine mais machão". "O Nirvana do emo". "O The Who ressuscitado nos anos pós-grunge". "O que o Mogwai seria se tivesse colhões". "Glenn Branca para leigos". "Slint rebelado contra a sonolência". E vai embora...

Mas o duro é que eles, no fundo, não se encaixam direito em nenhum estilo preciso dentro do universo vasto demais do chamado "rock alternativo". E mais: são ambiciosos e "climáticos" demais (PROG, pois não!) para serem hardcore-punk. Não tem suficiente sentimentalismo e letras românticas pra serem EMO de verdade. A barulheira que fazem não é pesada e metida a malvada o bastante para ser METAU (apesar do jeitão de death metal da capa do disco novo). São "difíceis" demais pra cair no novo-rock mainstream de Strokes e Franz Ferdinand. E a violência é demasiada para os ouvidos indie sensíveis demais, acostumados ao Belle & Sebastian e ao Iron & Wine com seus murmúrios e sussuros... O Trail of Dead paira então num vácuo conceitual: nenhum rótulo se prega neles com perfeição, nenhum é capaz de esgotar o som da banda. O mercado, por sua vez, não sabe ao certo o que fazer com eles: apesar de estarem lançando seu segundo álbum por uma grande gravadora (Interscope), ainda estão relegados ao status de banda cult de baixa vendagem.

No passado, os caras chegaram a fazer certa fama pela trilha de guitarras, baixos, baterias, cabos e microfones que mataram sem piedade, todos deixados aos frangalhos nos palcos deste nosso mundo que tiveram a honra de presenciar alguns dos pandemônios deadianos LIVE. Até mesmo remotos municípios caipiras desse nosso Brasil tiveram a honra de receberem shows do TOD (e, segundo relato de um certo são-carlense, foram fodidamente bons). A imprensa mundial concordou em dizer que as performances ao vivo dos garotos estavam entre as mais explosivas já vistas e não faltaram várias comparações feitas entre o Trail of Dead ao vivo com os shows da fase mais enérgica do The Who, aqueles que sempre acabavam com o esmigalhamento dos instrumentos de Pete Townshend, Keith Moon e John Entwhistle num delírio destrutivo que depois muita gente se pôs a imitar... Em estúdio, a banda parece nunca quer conseguido capturar toda a energia dionisíaca que (dizem...) emanava dos palcos, mas cravaram pelo menos um clássico álbum na história da década 00 com o disco anterior, Source Tags and Codes. Enfim, o Trail of Dead, no pós-Nirvana, foi uma das poucas bandas raivosas, malditas, explosivas e catárticas (as outras sendo, talvez, o At The Drive-In e Queens of the Stone Age), que conseguiu preencher a sede de violência da juventude com GUITARRISMOS CATACLÍSMICOS e vocais de rasgar as cordas vocais. E mais: pra delícia dos indies, ficava claro que uma banda com um nome desse tamanho não estava lá muito fim de ser extremamente popular.

Esse Worlds Apart (Interscope Records, importado, 2005), quarto álbum da banda, chega com a difícil missão de tentar atingir altura semelhante a de seu predecessor, o celebrado épico indie-emo-punk-pinkfloydesco (!) Source Tags and Codes, um dos grandes lançamentos de 2002. Numa primeira ouvida, o fracasso parece evidente. Source Tags... era um disco mais excitante, mais enérgico, mais urgente, mais coeso. Tão fudido de bom que promete ficar definitivamente como a obra-prima insuperável da banda. Mas a comparação com o passado não serve apenas para empalidecer a atual fase do Trail of Dead: Worlds Apart mostra sim que a banda está explorando novos horizontes sônicos e indo muito além dos sonic-youthianismos ortodoxos que preenchiam os 2 primeiros discos. O certo é que a banda não estagnou na fórmula VAMOS XEROCAR O SONIC YOUTH E TACAR MAIS SANGUE E MEMBROS DECEPADOS POR CIMA e ousou trilhar novas estradas. Os garotos que copiavam os ídolos se tornaram definitivamente uma banda única que, após ter comido e reprocessado centenas de bandas de guitar rock barulhento, vomita um som que não é paga-pau ou plagiador de nenhuma delas.
A principal novidade é que em nenhum outro álbum do Trail Of Dead o vocal de Conrad Keely está tão destacado, tão límpido, tão audível, tão no primeiro plano, quanto neste Worlds Apart. Este disco mostra que aquela banda que costumava soterrar o vocal debaixo de uma avalanche de barulho e microfonia mudou um pouco. O que, por um lado, serve para destacar um lado mais humano, frágil e falível do vocalista principal, por outro demonstra que sua voz, quando não afundada na barulheira do background, não tem toda aquela potência que se imaginava. Temos por aqui, por exemplo, a primeira verdadeira incursão do Trail of Dead no MODO-BALADA (que, digamos a verdade, já tinha sido flertado pela banda em "How Near How Far" ou "Claire de Lune"), na nostálgica, melancólica e bela "Summer of 91". Keely cantando acompanhado por uma mera pianola nos minutos iniciais é uma experiência surpreendentemente agradável. "Will You Smile Again", por sua vez, traz Keely tentando berrar sobre um fundo minimalista de bateria e baixo, com resultado não tão aprazível, principalmente pois o que precedeu foi um esporro empolgante de guitarronas riffosas e batera galopante, um dos inícios de música mais poderosos de toda a carreira do TOD.

Outra surpresa é que o Trail Of Dead, que nunca foi uma banda exatamente engajada politicamente, faz sua primeira verdadeira tentativa no ramo da CANÇÃO DE PROTESTO com a música título, canção das mais facéis de ser digeridas da carreira da banda. "Worlds Apart", a música, é o Trail of Dead em modo MAINSTREAM, fazendo um retrato cruel da América bushiana. É porrada pra todo lado: as "vagabundas na MTV com seus carros e anéis e essas merdas", os "corpos, estupros e amputados" da BBC ("o que você acha agora do Sonho Americano?"), as mães e pais que educam os filhos na cultura da publicidade e que dormem com a "consciência intacta" etc. O único ponto a objetar é que esse ataque de adolescência rebelde me pareceu soar um tanto artifical e forçado saído da boca de caras que já passaram bem dos 25 de idade. Como adultos se fingindo se sentir tão raivosos quanto eram aos 16 anos de idade. Mas melhor uma rebeldia forçada do que um conformismo espontâneo...

Alguns dos momentos mais poderosos e inspirados da carreira do Trail of Dead se encontram aqui. "Caterwaul", única música que conta com os vocais principais do baterista Jason Reece, reúne tudo o que a banda tem de mais adorável: uma massa sonora vigorosa e violenta, um refrão berrado e tesudo, a união harmoniosa de uma wall of sound violenta com a ternura de um piano melancólico, uma mudança de andamento muito bem feita. Se bem que nunca atingindo o grau de FODICE de "Caterwaul", outras músicas estão entre as melhores coisas que se produz hoje em termos de GUITAR ROCK SANGRENTO E COM PEGADA: "Rest Will Follow" e "Classic Art Showcase" são as melhores dentre elas.

O que preocupa nesse novo Trail of Dead é a ENCHEÇÃO de LINGUIÇA. As VINHETAS em Source Tags até que soavam como partes necessárias para o bem do TODO, como pontes que conduziam docemente de música a música, mas em Worlds Apart soam mais como coisa para preencher o tempo do que artifícios para a criação de um álbum mais COESO. Duas vinhetas são praticamente música clássica ("Ode To Isis" e "Russia My Homeland"), e, por melhores que sejam em si, soam um tanto fora de contexto dentro de um disco tão barulhento quanto este. Momentos atmosféricos (como os de "Let It Dive") soam desnecessários e arrastam a música para cinco minutos de duração quando uns três e meio estariam bons demais. Além disso, o ábum é preenchido com vários barulhos estranhos (trompetes sonolentos, abutres grasnantes, criancinhas brincando e rindo, mulheres histéricas berrando de pavor, coraizinhos dos mais diversos....), que não são exatamente significativos. Certamente que o Trail of Dead se tornou um banda competentíssima em criar uns CLIMÕES SÔNICOS com a maestria dum PINK FLOYD, mas os sons que usam não parecem ser pensados com a intenção de comunicar algo.
As ambições poéticas, por sua vez, que sempre foram explícitas na banda (que chegou mesmo a nomear como "Baudelaire" uma das suas melhores canções e estampar uma fotinha de Rimbaud na contra-capa do disco anterior), atingem em certos momentos uns graus preocupantes de PARNASIANISMO (versos como "voice-overs rise like minarets then fall diatonically", em "A Classic Arts Showcase", soam pretensiosos e vazios...). Em todo canto se vê a banda tentando soar como um grupo de poetas malditos declamando sob um fundo musical sombrio e dilacerante. "Você poderia fingir que o papel é sua alma e que teu sangue está na caneta / Então talvez você veria a luz / E leria a verdade que precisou escrever", sugere a letra de "Will You Smile Again". O que em momentos soa como uma deliciosa poesia musicada que paga tributo a Baudelaire, Genet, Allen Ginsberg e outros poetas do Mal, outras vezes acaba soando pomposo, hermético, forçado. A poesia trail-of-deadiana também passa por seus altos e baixos nesse disco oscilante...

E outra coisa a objetar: acho que não há disco do Trail of Dead que seja mais HETEROGÊNEO que este. Pode-se até dizer que a homogeneidade de um Madonna acabava por vezes por parecer falta de ousadia e excesso de apego ao estilo-Sonic-Youth de fazer rock. Worlds Apart ao menos ousa explorar novas sonoridades e novos caminhos, merecendo até o título de disco mais AVENTUREIRO da banda. Mas acaba, em última análise, soando um tanto incoerente. O Trail of Dead parece não se decidir: querem se tornar heróis cult, uma banda maldita, amaldiçoada pelo mercado, interpretada pelos semioticistas da crítica musical, ídolos dos Ouvidos de Elite? Ou querem ser uma banda de massa, uma organização de rock and roll apocalíptico e vulcânico que mira nos ouvidos de multidões? É essa constante oscilação entre, de um lado, a pretensão mais prog e mais baudelairesca, e, de outro, a barulheira mais orangotangamente punk que faz Worlds Apart parecer como um disco de um grupo de jovens um tanto indecisos quantos aos caminhos que querem seguir. O dilema se reduz ao seguinte: a ambição ou a visceralidade? O futuro é incerto. Worlds Apart pode ter sido tanto o primeiro passo do Trail of Dead em direção ao abismo e a desintegração, ou um pit-stop que aponta para um novo Trail of Dead, mais variado, mais exploratório, a vir num futuro que prossegue promissor.

by Limão Covizze

Analisando: Built to Spill - You in Reverse (Novo Álbum)

Depois de cinco anos, o Built to Spill lança novo álbum! Sim, é o “You in Reverse”, que tem previsão de lançamento pela Warner no Brasil para o meio de abril (dia 11?). Algumas novidades são notadas nas novas músicas, que têm sons mais trabalhados (se compararmos com os últimos discos Keep it Like a Secret e Ancient Melodies Of The Future). As guitarras estão mais fortes e mais evidentes que nunca!

FAIXA por FAIXA

Na primeira música do álbum, “Going Against your Mind”, você nota os solos de guitarra (um trecho de mais de um minuto e meio), a bateria constante... solos bem trabalhados. A arte de tocar uma guitarra é explícita nessa canção. Finalizando: um riff “impregnante”!

A segunda faixa “Traces” se trata de algo mais calmo, sem muitas novidades. Tem um trecho de guitarras entre 3:26 até o 4:14 que empolgam. Trata-se de uma ótima composição.

Sabe aquela bateria que te atrai pra música? Batidas simples, acompanhadas de um baixo perfeito (não tem como não notar o baixo) fazem da terceira faixa Liar, uma música agradável. A guitarra suave completa a perfeição dessa faixa. Perfeita!

Em “Saturday”, guitarra e bateria começam numa ótima parceria. E continuam assim durante grande parte da música. Sem muito brilhantismo. Ah! É a faixa mais curta do álbum.

Porra! O começo de Wherever you Go é foda! Guitarra pegando fogo, mostrando a evolução da banda nesse quesito. A música só começa à ser cantada ao 1 minuto e 38 segundos! Mas você nem nota... a guitarra te faz viajar de fato! Acredito que a parte da guitarra está sendo muito bem influenciada pelo guitarrista Jim Roth (que participa desse álbum e tem acompanhado a banda nas últimas turnês). Costumo sempre atentar para o baixo nas músicas, mas a guitarra nesse disco atrai sua atenção... só pra ela! Posso dizer seguramente que esta faixa é o destaque do álbum!

Começando com uma guitarra gritante, Conventional Wisdom cumpre o que promete no começo. Mantém uma agitação durante toda a música. Atente pra guitarra à partir do trecho 2:22 até os 3:00, quando a guitarra muda, não pra pior! Muito foda! Um verdadeiro tributo ao inventor da guitarra! Hahahahaha! Aos 4:05, uma virada de bateria muda novamente os rumos da guitarra... emocionante! Aos 5:30, começa uma mistura de guitarras... nada complexa, fechando com chave de ouro essa faixa!

“Gone”, a sétima faixa do álbum, não foge às características da banda, que deixa o Built to Spill incomparável. Atenção pro trecho 3:10: a música toma um rumo inesperado! Um sucesso! O teclado se faz evidente. Falando em teclado, o tecladista Quasi's Sam Coomes participa nesse álbum como o guitarrista Jim Roth, há pouco mencionado. Quasi’s também tem acompanhado a banda nas turnês. Voltando à faixa, pra finalizar, o órgão perfeito.

Baterias fortes e guitarra bem trabalhada iniciam a faixa “Back to your Fun”. Preste atenção que o vocal é muito bem acompanhado pela guitarra. Não tem como não mexer os pés pra acompanhar a bateria. Como no álbum inteiro, guitarra bem tocada em solos rasgados, marcam essa faixa. À partir do 3:27 você nota uma mudança drástica no ritmo da música. Notem que o som dessa faixa se diferencia dos anteriores, algo parecido com ska!

Faixa mais calma do álbum, agrega vocal suave e guitarras bem elaboradas, depois de tanta agitação, “Just a Habit” foi colocada estrategicamente no fim do álbum pra fazer a gente relaxar. Só pode ser isso! Parece até fim de balada! Hahahaha! Solo de guitarra cheio de efeitos é o destaque da faixa.

A décima e última faixa nos deixa aquela frustração por serem apenas dez faixas. “The Wait” começa suave, com violão, baixo e bateria. Calma e tranqüilizante, tem um nome bem sugestivo: “A Espera”. Sim, estamos à espera de mais um álbum do Built to Spill! Ele nem foi lançado e já queremos mais! Fechou o álbum com chave de ouro!

Olha a lista de faixas do álbum:

01 - going against your mind
02 - traces
03 - liar
04 - saturday
05 - wherever you go
06 - conventional wisdom
07 - gone
08 - back to your fun
09 - just a habit
10 - the wait

NOTA FINAL: 10

Obs.: Maldito seja Mike Jones, o rapper que colocou o sample no meio das músicas que baixei! Na comunidade do Orkut, todo mundo está reclamando! Foi um prazer analisar esse disco, mas foi uma tarefa dura ouvir “WHO IS MY TOWN ou DOWN” em todas as músicas, diversas vezes. Que merda! Mas calma! No CD não tem nada disso! hahahahaha

by Felipe Pipoko
Pra quem não conhece, esse é o Belle and Sebastian

Belle and Sebastian - Análise Geral

A história de Belle & Sebastian já é mais do que conhecida e muito manjada...afinal de contas há alguns anos atrás era a banda do momento.

O B&S tem uma certa diferenciação das demais bandas indies dos anos 90, ela segue o chamado estilo TWEE que não agrada muitas pessoas que desfrutam desse mundinho alternativo moderninho.

Love Songs com uma marcação muito forte e um estilo simplicista acabam que por fazer dela uma banda "fofinha" e "agradável".Eu a descobri sem querer ouvindo um álbum que nem faz tanto o estilo B&S de ser,mas de repente uma música foi passando... e outra e mais outra... aí ficou difícil não gostar.

O estilo simples e algumas atitudes fazem com que todas as pessoas se apaixonem por eles. Houve uma vez em que eles tocaram no BRIXTON ACADEMY em Londres e ao final do show convidou os presentes a participar de um piquinique no Hyde Park no dia seguinte.
E não é que eles foram mesmo! Umas pessoas apaeceram. A banda chegou (todo mundo menos a Isobel, pra variar) sem comida nenhuma! A idéia era organizar uma partida de futebol tipo "Fãs X Banda". Segundo alguns presentes Stuart Murdoch joga muito bem, o resto é perna de pau... hahahahaha

O melhor acabou vindo depois de descobri a paixão deles pelos brasileiros e por nossa MPB. Na voz deles as coisas soam tão melhores... rs! O último atrevimento desta "escocesada" toda foi regravar o sucesso da cantora Evinha "Casaco Marron" que já está disponível na Radio UOL(www.uol.com/radio) para ser ouvido. Eles se encantam com o Brasil... dizem que nunca imaginariam estar aqui e que tudo aqui é muito lindo... etc... etc... Em seu DVD de estréia oficial eles fizeram diversas referencias ao Brasil em cenas e músicas... até uma entrevista no programa do Jô está incluso no Dvd.

Enfim é uma banda que reserva muitas boas surpresas e eu recomendo.

by Zafa Pimentel

Intro

É, estive pensando na diversidade de músicas no nosso mundo. Não confunda o significado da palavra "mundo". Quando digo mundo, logo quero dizer "mundo indie-rock". Bandas e mais bandas nasceram, deixaram seu legado entre nós com sons incomparáveis e depois de um tempo, sumiram. Outras permanecem. Continuam fazendo sons perfeitos, com suas guitarras, baixos, baterias, e instrumentos inusitados (como é o caso do Belle and Sebastian). O mundo indie-rock relamente é muito amplo, se o rock é Júpiter, acredito que o Indie Rock seria uma espécie de Urano. Todos os dias nasce uma banda que se denomina "indie"... os "Old School" ortodoxos vêem com desconfiança muitos desses surgimentos. E é por isso que esse blog foi feito. Pra conhecermos novas bandas, analisarmos cada uma e tirar uma conclusão. Muitos convidados darão sua opinião, DJs, "tiozões" do Indie, leigos (opiniões indispensáveis) e etc. Sinta-se à vontade para comentar e participar desse blog. Afinal, se você ama indie-rock, você está em casa!

Valeu pela visita!!


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