sexta-feira, abril 14, 2006

Israel x Rock (não é texto anti-semita, babaca!)

Com toda essa ladainha de “salvação do rock”, tive que usar de meus conhecimentos no campo da religião e da história para fazer um pequeno paralelo.

O povo judeu, para quem não sabe, viveu anos gloriosos, onde esbanjava poder, riqueza e influência pelo mundo antigo. Grandes homens governaram o povo hebreu, com braço forte, sempre mantendo os inimigos à distância e impondo respeito. Homens como Moisés, Saul, Davi e Salomão foram marcantes em sua história. Moisés levou a lei. Saul iniciou a monarquia. Davi, governou e trouxe conquistas inimagináveis. Salomão trouxe o “glamour” para o trono hebreu, levando Israel ao auge de sua glória, quando reis e rainhas saiam de muito longe para conhecer esse que era o rei mais sábio de que se tinha notícia.

Passaram-se os anos, e os reis foram “perdendo a qualidade”, trazendo desgraças para o povo com sua ignorância e decisões erradas. A Babilônia veio e dominou Jerusalém, levando quase todo o povo cativo, para a própria Babilônia, talvez o momento mais deprê da história judaica (junto com o holocausto). Desde essa época os judeus cultivam a esperança na vinda de um novo Davi, ou Moisés, ou Salomão. O chamado MESSIAS. Os cristãos juram que esse cara era Jesus. Os judeus desmentem, afinal, que Messias mais “pé-de-chinelo”! Hoje em dia, o povo judeu (israelense) não tem do que reclamar. Seu país é forte, influente, venceu guerra contra todos os países árabes ao mesmo tempo. Tem um dos maiores e mais equipados exércitos do mundo. Tem a cidade de Jerusalém em suas terras (embora a ONU à considere uma cidade internacional). Hoje Israel vive grandes tempos. Precisaria Israel de um MESSIAS?

Baseado nessa aula de história judaica (quase um artigo de revista religiosa), te pergunto: ‘a mídia não está esperando um MESSIAS para o rock?’. Poxa, quantas vezes você não ouviu falar, ou leu sobre a expressão “salvação do rock”? Seria exagero traçar um paralelo entre a história judaica e o rock’n’roll? Pense bem: o rock’n’roll também viveu seus “anos dourados”. Elvis, o Moisés do rock (hahhahahaha eu tinha que rir disso), trouxe o conceito sobre o novo som, trouxe as influências necessárias, traduza conceito e influências como os dez mandamentos de Moisés. Pronto, o rock estava feito! Jerry L. Lewis, Chucky Berry, Boo Didley... poxa, estavam todos ali, fazendo ROCK! Aí chegaram os reis, Beatles, Rolling Stones (Davi e Salomão) e outros nomes do rock, compondo a monarquia. De repente chegam os anos 80! Muita gente pode considerar essa década a Babilônia do rock! A decadência, o cativeiro. Poucos se salvaram, como Joy Division, New Order, Smiths e alguns outros. Toques eletrônicos, batidas fortes... o “calvário” da guitarra (seja ela punk ou progressiva). De repente, (ilustrando os tempos de Israel de hoje) aparece o Nirvana! Esses carinhas de Seattle balançaram de fato o rock. Libertaram o rock (cito Nirvana devido à sua exposição na mídia)! O rock tomava novo fôlego, com Oasis, Blur entre outros titãs dos anos 90. E começam os anos 2000. Uma banda americana aparece em 2001 com o título de “A SALVAÇÃO DO ROCK”. Os Strokes! Trazendo nova concepção para o rock! Trazendo novas glórias! Novos tempos estão por vir. Seriam os Strokes o MESSIAS que o rock precisa? Opa! Pergunta errada: O rock precisa de um MESSIAS mesmo? Não! O rock foi eternizado desde os primórdios dos anos 50. Siga a lógica simples: o que é eterno, não morre (sim, tipo Highlander). As pessoas que precisam de salvação, são pessoas mortais. Ora, por que algo que é eterno iria precisar de algum tipo de salvação? Logicamente, não.

Da mesma forma que não há necessidade de um MESSIAS para os israelenses (os caras já são muito bons e poderosos), o rock é muito bom e poderoso pra carecer de um salvador. Os Strokes marcaram nossa década, sem dúvida. Mas não são a salvação, o MESSIAS do rock. Nem eles, nem Kings of Leon, Libertines, muito menos Arctic Monkeys. Muita calma, pessoal, muita calma nessa hora.

by Felipe Pipoko

2 comentários:

Anônimo disse...

particularmente não sou muito fã de oldies, mas tu tem razão de que tão botando muito hype pra cima dessas bandas novas. Que não deixam de ser boas. Só que o pessoal tá exagerando.

Anônimo disse...

Loko o o blog so de olha da cansera

huauhhua

falows!

artur